Brilho que docemente cega meus olhos.
Após muito tempo, ergo meus olhos ao seu encontro.
Sinto minha alma dançando no espaço;
Aos meus pés...
Espelho d'água que reflete.
Até tenho conciência que meus olhos são bonitos.
Quase nunca paro para admirá-los.
Sinto o sopro do vento em minhas asas;
Meus cabelos dançam em meio a brisa;
É tempo de liberdade.
(...)
Sinto que o chão se aproxima.
Abro os olhos
Não há mais brisa,
Nem Sol,
só escuridão.
Meu espírito continua preso.
Preso no tempo, na incessável rotina
Que cega os olhos;
Prende a alma...
Mas nunca,
Aquela vontade de voar.